OBJETIVO: Avaliar se os diâmetros sistólicos finais do ventrículo esquerdo (DS) <FONT FACE=Symbol>³</font> 51mm em pacientes (pt) com insuficiência mitral crônica grave (IM) são indicadores de mau prognóstico após a cirurgia valvar mitral (CVM). MÉTODOS: Estudamos os dados clínicos e ecodopplercardiográficos pré-operatórios (pré), mediana de 36 dias, pós-operatórios precoces (pós1), mediana de 9 dias, e pós-operatórios tardios (pós2), média de 38,5±37,6 meses, em 11 pt (idade = 36±13 anos) com IM e DS >=51mm (média = 57±4mm) submetidos à CVM. Dez pt estavam em classe funcional III/IV da NYHA. RESULTADOS: Todos melhoraram de classe funcional, exceto 2. Dois faleceram devido à insuficiência cardíaca e endocardite infecciosa, 14 e 11 meses após a cirurgia, respectivamente. De acordo com a fração de ejeção (FE) no pós2 constatou-se existir 2 grupos: grupo 1 (n=6), cuja FE diminuiu no pós1, mas aumentou no pós2 (p=0,01) e grupo 2 (n=5), cuja FE diminuiu progressivamente do pós1 para o pós2 (p=0,10). Todos os pacientes com duração dos sintomas <=48 meses experimentaram melhora na FE no pós2 (p=0.01). CONCLUSÃO: DS >=51mm não estão sempre associados a prognóstico ruim após a CVM em pt com IM. A duração dos sintomas até 48 meses está associada à melhora da função ventricular esquerda.
OBJECTIVE: To evaluate whether left ventricular end-systolic (ESD) diameters <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 51mm in patients (pt) with severe chronic mitral regurgitation (MR) are predictors of a poor prognosis after mitral valve surgery (MVS). METHODS: Eleven pt (aged 36±13 years) were studied in the preoperative period (pre), median of 36 days; in the early postoperative period (post1), median of 9 days; and in the late postoperative period (post2), mean of 38.5±37.6 months. Clinical and echocardiographic data were gathered from each pt with MR and systolic diameter <FONT FACE=Symbol>³</FONT>51mm (mean = 57±4mm) to evaluate the result of MVS. Ten patients were in NYHA Class III/IV. RESULTS: All but 2 pt improved in functional class. Two pt died from heart failure and infectious endocarditis 14 and 11 months, respectively, after valve replacement. According to ejection fraction (EF) in post2, we identified 2 groups: group 1 (n=6), whose EF decreased in post1, but increased in post2 (p=0.01) and group 2 (n=5), whose EF decreased progressively from post1 to post2 (p=0.10). All pt with symptoms lasting <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 48 months had improvement in EF in post2 (p=0.01). CONCLUSION: ESD <FONT FACE=Symbol>³</FONT>51mm are not always associated with a poor prognosis after MVS in patients with MR. Symptoms lasting up to 48 months are associated with improvement in left ventricular function.